O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (7) que está monitorando o surto de metapneumovírus humano (HMPV) na China, responsável por um aumento nos casos de infecções respiratórias, especialmente entre crianças. A vigilância epidemiológica brasileira mantém diálogo constante com autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de outros países, incluindo a China, para compartilhar informações e avaliar os impactos do surto.
Dados recentes do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China indicam que, embora a intensidade das infecções respiratórias seja menor em comparação ao mesmo período de 2023, houve aumento em casos de infecções respiratórias agudas. Esses incluem gripe sazonal, metapneumovírus humano, rinovírus e vírus sincicial respiratório, especialmente nas regiões do norte do país.
Diante desse cenário, o Ministério da Saúde destacou a importância de reforçar medidas de prevenção e controle de infecções respiratórias. Especialistas da OMS ressaltaram que o metapneumovírus não é uma “nova ameaça”, mas sim uma doença já conhecida desde 2001.
Vacinação como principal medida preventiva
Marcelo Gomes, coordenador-geral de Vigilância da Covid-19, Influenza e outros Vírus Respiratórios, enfatizou a relevância da imunização no Brasil.
“É essencial incentivar a vacinação contra a Covid-19 e a gripe, especialmente entre grupos prioritários, como idosos, gestantes, crianças e pessoas com comorbidades. A imunização continua sendo uma das ferramentas mais eficazes para prevenir complicações respiratórias graves”, destacou Gomes.
Cenário na China
O aumento de casos de metapneumovírus humano na China tem mobilizado as autoridades locais. O CDC chinês emitiu alertas para a população reforçar cuidados de higiene e prevenção.
O metapneumovírus, identificado há mais de duas décadas, geralmente causa sintomas leves, como tosse, febre e congestão nasal. Em casos mais graves, pode evoluir para bronquite ou pneumonia.
Principais sintomas do HMPV
De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), os sintomas mais comuns do metapneumovírus incluem:
- Tosse;
- Febre;
- Congestão nasal;
- Falta de ar.
Em casos mais severos, o vírus pode causar infecções como bronquite ou pneumonia. O período de incubação varia entre três e seis dias, e a duração dos sintomas é semelhante à de outras doenças respiratórias, como gripe e resfriado comum.
O Ministério da Saúde reforça que a vigilância será mantida e que a população deve seguir as orientações de vacinação e cuidados básicos, como higiene frequente das mãos e uso de máscaras em ambientes com alta circulação viral.