O nadador Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, encerrou com chave de ouro o ano histórico de 2024 ao conquistar o título da temporada da World Series de Natação pela segunda vez consecutiva. O brasileiro, que brilhou com três medalhas de ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris, foi o grande destaque da competição, que reúne atletas de todas as classes paralímpicas em disputas definidas pelo Índice Técnico da Competição (ITC).
Gabrielzinho, da classe S2, somou impressionantes 4.229 pontos, liderando o ranking geral. O vice-campeão, William Ellard, da Grã-Bretanha, ficou com 3.902 pontos, seguido pelo também brasileiro Phelipe Rodrigues, da classe S10, com 3.975. O Brasil ainda marcou presença no Top 10 com Thalisson Glock (classe S6), em oitavo lugar, e Gabriel Bandeira (classe S14), na décima posição.
A temporada da World Series contou com nove etapas realizadas em países como Reino Unido, Austrália, Itália, Estados Unidos, Singapura, Alemanha, França, México e Egito. Gabriel participou das provas em Limoges, na França, e Berlim, na Alemanha, reafirmando sua posição de destaque no cenário global.
Ano mágico em Paris
Escolhido como porta-bandeira da delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos, Gabrielzinho foi uma das maiores estrelas da competição. Em Paris, ele conquistou três ouros nas provas dos 50m costas, 100m costas e 200m livre, somando essas vitórias aos dois ouros e uma prata de Tóquio.
Além das conquistas esportivas, Gabrielzinho conquistou o público francês com seu carisma. Suas danças e brincadeiras após cada vitória – que ele chamava de “amasso” – fizeram dele uma celebridade na Arena La Défense. Durante a cerimônia de encerramento, Tony Estanguet, presidente do Comitê Organizador de Paris 2024, destacou Gabrielzinho como uma das grandes histórias dos Jogos.
Defendendo as cores do Praia Clube de Uberlândia e treinando em Juiz de Fora, Gabriel foi eleito o melhor atleta masculino do ano no Prêmio Paralímpicos, enquanto Carol Santiago levou o prêmio entre as mulheres.
Com um ano tão marcante, Gabrielzinho segue como símbolo de superação e excelência no esporte paralímpico brasileiro.