O Cruzeiro aguarda a decisão da Justiça sobre a ação movida pelo Governo de Minas Gerais, pressionando para que o confronto contra o Palmeiras, nesta quarta-feira (4), às 21h30, no Mineirão, conte com a presença das duas torcidas. Caso contrário, o clube avalia possíveis medidas a serem adotadas.
Antes da decisão da CBF de realizar a partida com portões fechados, motivada pela emboscada de uma torcida organizada do Palmeiras a cruzeirenses em São Paulo, o Cruzeiro já mantinha diálogo com o Governo estadual. As conversas envolveram Pedro Lourenço, dono da SAF do clube, e Mateus Simões, vice-governador.
O clube já previa a possibilidade de portões fechados devido à ação do Ministério Público, que solicitou a ausência da torcida visitante. Desde domingo, no entanto, o Cruzeiro intensificou a pressão, pedindo que o Governo garanta segurança para ambas as torcidas e solicite à CBF a revisão da decisão.
Apesar das tentativas, o Cruzeiro avalia que a mudança é improvável devido ao curto prazo até a partida. Para o clube, a ação judicial movida pelo Governo apenas atrasou a definição do cenário.
O departamento jurídico do Cruzeiro estuda alternativas caso a partida ocorra sem público. Há preocupação de que o clube possa ser penalizado se recorrer à Justiça Comum, já que o tema deveria ser resolvido na esfera esportiva. Até o momento, a única ação judicial em curso foi iniciada pelo Governo de Minas Gerais.
A partida é decisiva no Brasileirão: o Cruzeiro luta por vaga na próxima Libertadores, enquanto o Palmeiras disputa o título com o Botafogo.
Posicionamentos Oficiais
Na segunda-feira (2), o Cruzeiro emitiu nota oficial afirmando que a decisão da CBF pune o clube de forma injusta e defendeu que, no mínimo, a partida deveria ocorrer com a presença da torcida mandante.
Já o Palmeiras, em nota divulgada no domingo, afirmou que respeita a decisão da CBF e lamentou a ausência de um plano do Governo de Minas e da PMMG que garantisse a segurança para ambas as torcidas no estádio.
