Durante a quarta avaliação do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) em Montes Claros, realizada entre 21 e 25 de outubro de 2024, foi registrado um índice preocupante de 4,3%. Em outras palavras, de cada 100 imóveis operados, de 4 a 5 apresentavam focos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, ultrapassando o nível de alto risco de 3,9% estabelecido pelo Ministério da Saúde para a saúde pública.
Os bairros mais afetados pela infestação incluem Vila Verde, com uma taxa de 33,3%, seguida de Veneza Park (20%), Vila Sion II (16,7%), Santa Laura (13,8%) e JK (13). ,6%). Outros locais com índices significativos são Vila Regina (13,5%), Residencial Vitória II (13,1%), Residencial Recanto das Águas (13%), Vila Sion I (12%) e Ciro dos Anjos (11,9% ).
O levantamento apontou que os principais criadores do Aedes aegypti na cidade estão em depósitos móveis, responsáveis por 48,9% dos focos encontrados, como vasos de plantas aquáticas, frascos e bebedouros de animais. Depósitos ao nível do solo, incluindo barris e tanques de água potável, representaram 23,7% das ocorrências. Já os depósitos fixos, como tanques de alvenaria e piscinas, foram responsáveis por 16,8% dos focos.
Diante dessa situação, as autoridades de saúde enfatizam a necessidade de ações preventivas, como a limpeza periódica de reservatórios de água, a colocação adequada dos depósitos e o consumo da água armazenada em períodos menores que o ciclo reprodutivo do mosquito (7 a 10 dias). Limpar ralos, caixas de passagem e destinar o lixo corretamente também são práticas recomendadas, assim como escoar a água dos pratos de plantas e realizar a manutenção de calhas e lajes antes e durante o período chuvoso.
CUIDADOS EM CASA
A moradora Maria de Fátima, de 62 anos, destaca a importância das ações domiciliares. “O agente de zoonoses veio aqui e disse que estou de parabéns. Recolhemos todos os materiais que acumulam água. Se cada um fizer por sua parte, podemos evitar doenças transmitidas pelo mosquito, que são perigosas e até fatais”, afirma.
Com 97,7% dos focos encontrados em residências, o controle do Aedes aegypti depende da conscientização e mobilização da população, que desempenha um papel essencial na prevenção das doenças transmitidas pelo mosquito.