Dos 176 empregadores presentes na Lista Suja do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 30 pertencem às regiões Norte e Noroeste de Minas Gerais. Mais de 290 pessoas foram resgatadas de condições análogas à escravidão em diversas cidades dessas áreas. A lista inclui empresas que submeteram trabalhadores a jornadas exaustivas, condições degradantes e outras violações graves dos direitos trabalhistas.
De acordo com o MTE, as atividades com maior incidência de inclusão na lista são: produção de carvão vegetal, criação de bovinos, extração de minerais, cultivo de café e construção civil. A Lista Suja é atualizada semestralmente e funciona como um mecanismo de pressão para combater essa prática criminosa.
Após a emissão dos autos de infração, é aberto um processo administrativo, no qual os empregadores têm direito de defesa. Se o processo for concluído com comprovação da violação, os nomes dos empregadores são incluídos na lista, onde podem permanecer por até dois anos.
Empregadores flagrados pela Inspeção do Trabalho podem, no entanto, firmar Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) ou acordos judiciais com a União. Isso os permite ingressar em um segundo cadastro, denominado Cadastro de Empregadores em Ajustamento de Conduta, destinado àqueles que, embora flagrados, se comprometem a corrigir as irregularidades e prevenir novas ocorrências de trabalho análogo ao de escravo.
Abaixo, veja o número de trabalhadores resgatados em cada propriedade, com algumas cidades aparecendo mais de uma vez devido à reincidência de irregularidades:
- Rio Pardo de Minas – 10 e 5
- Montezuma – 7
- Buritizeiro – 6
- Bonito de Minas – 23
- Bocaiuva – 1
- São João do Paraíso – 17
- Itamarandiba – 5
- Francisco Dumont – 11
- Januária – 3, 23 e 13
- Unaí – 2
- Montes Claros – 2 e 3
- Lassance – 42 e 4
- São Francisco – 1 e 4
- Jequitaí – 14
- Claro dos Poções – 5
- Lagoa dos Patos – 1
- Mirabela – 2
- Felício dos Santos – 2
- Buenópolis – 31
- Olhos D’Água – 24
- Matias Cardoso – 11
- Minas Novas – 5
- Guaraciama – 14
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