Cemig é incluída na “lista suja” do Ministério do Trabalho; estatal nega irregularidades
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) foi incluída na “lista suja” do Ministério do Trabalho e Emprego, que reúne empregadores acusados de submeter trabalhadores a condições análogas à escravidão.
De acordo com o Ministério, a fiscalização remonta a 2013 e envolve 179 trabalhadores de uma empresa terceirizada que prestava serviços à Cemig. As irregularidades identificadas incluem sobrecarga de trabalho, condições degradantes e falta de treinamento adequado.
Em nota, a Cemig informou que, ao ser autuada em 2013, agiu prontamente para resolver a situação dos trabalhadores, aplicando penalidades à terceirizada, incluindo a rescisão do contrato. A estatal recorreu das decisões em instâncias superiores, e o caso só teve decisão final em 2024, após 11 anos de trâmites judiciais.
A Cemig alega que o auto de infração indevidamente vinculou os empregados da terceirizada à companhia. A Justiça do Trabalho, segundo a empresa, anulou esse auto, o que, segundo a estatal, invalida a inclusão da Cemig na lista suja. A companhia afirmou ainda que adotará as medidas judiciais cabíveis, reiterando seu repúdio a qualquer violação dos direitos dos trabalhadores e seu compromisso com a proteção desses direitos.
Minas Gerais lidera o ranking nacional de resgates de pessoas em condições de trabalho análogas à escravidão, de acordo com dados de agosto do Ministério do Trabalho, Emprego e Renda.
Redação Site