Entre dezembro e janeiro, drones mapearam mais de 2,8 mil hectares no Norte de Minas, o equivalente a três mil campos de futebol, abrangendo 43 municípios atendidos pela Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros. O levantamento identificou 7.329 focos potenciais de proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, chikungunya e zika vírus. Em Montes Claros, 800 hectares foram monitorados, revelando 1.874 criadouros.
A ação, promovida pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), inclui o uso de drones para mapear áreas de difícil acesso, como lajes, caixas d’água destampadas, terrenos elevados, depósitos de lixo e imóveis abandonados. Com investimento superior a R$ 2,2 milhões, a tecnologia está sendo aplicada em todo o estado.
Agna Soares da Silva Menezes, coordenadora de vigilância em saúde da SRS Montes Claros, destacou que os drones facilitam a identificação e eliminação rápida de focos do mosquito, contribuindo para a redução de casos de arboviroses, especialmente no período sazonal, de novembro a maio. “Locais de difícil acesso sempre foram um desafio para os municípios no combate ao Aedes aegypti, resultando em alta incidência de doenças e até óbitos”, explica.
A Aero Engenharia, com a tecnologia exclusiva Techdengue, é responsável pelo mapeamento em 53 municípios da região. A empresa foi contratada pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Alto Rio Pardo (Cisarp), com um investimento de R$ 883,6 mil, divididos em cinco parcelas.
Em Montes Claros, o trabalho foi contratado diretamente pela Secretaria Municipal de Saúde, com repasse de R$ 479,3 mil da SES-MG. Já em Januária, foram destinados R$ 115,2 mil, enquanto outros R$ 477,9 mil atenderão 24 municípios da Gerência Regional de Saúde (GRS) de Januária. Sete municípios da GRS de Pirapora também receberão R$ 304,7 mil para ações semelhantes.
Com o apoio da tecnologia e de iniciativas coordenadas, as autoridades esperam minimizar os impactos das arboviroses e proteger a saúde da população.
